O governador João Azevêdo anunciou, nessa terça-feira (13), durante entrevista ao programa Ideia Livre, da TV Itararé, a distribuição de mil refeições diárias para pessoas em situação de rua na cidade.
Ação do Governo do Estado em parceria com a Arquidiocese será iniciada na próxima segunda-feira (19).
Na ocasião, ele ainda destacou as obras de mobilidade urbana em andamento na Rainha da Borborema, bem como as ações de enfrentamento à Covid-19 e a permanência do atendimento no Hospital de Clínicas no município após a pandemia.
A ação de assistência às pessoas em situação de rua permitirá a distribuição diária de 300 cafés da manhã, 400 almoços e 300 jantares para pessoas em situação de rua. Na cidade, o Governo da Paraíba já disponibiliza 1.500 refeições diárias no Restaurante Popular.
O governador fez um breve balanço das ações promovidas pelo governo para estimular a economia e auxiliar pequenas e médias empresas e pessoas em situação de vulnerabilidade social no período da pandemia.
“O enfrentamento desse momento exige, principalmente, para nós do governo uma visão muito clara de que além de abrir leitos e dotar os hospitais de uma maior estrutura, precisamos ter uma atenção às famílias que estão em uma situação de vulnerabilidade social. Nós lançamos um programa que envolve a distribuição de 600 mil cestas básicas, aquisição de 500 toneladas de alimentos da agricultura familiar e de 60 toneladas de peixe, ampliação de refeições nos restaurantes populares, dispensação do pagamento da conta de água para as pessoas cadastradas no Tarifa Social e o aumento de 42% no valor do Cartão Alimentação. Nós também postergamos por três meses o pagamento do ICMS para 93% das empresas que estão inseridas no Simples Nacional e isentamos bares, restaurantes e o setor de eventos desse pagamento e das contas de água, representando um impacto positivo. Ainda anunciamos investimentos para gerar emprego e renda com o lançamento do pacote de R$ 435 milhões de novas obras em todo o estado, além dos quase R$ 800 milhões que lançamos no ano passado”, acrescentou.
Ele também ressaltou a importância do Hospital de Clínicas, maior centro de referência para atendimento de pacientes com Covid-19 no estado, para a Saúde da região de Campina Grande.
“O Hospital de Clínicas de Campina Grande é dedicado hoje à Covid-19, mas após a pandemia, ele será transformado em um centro de cirurgias eletivas para atender toda a região polarizada por Campina Grande. Nós teremos no município um hospital com todas as condições estruturais, com leitos de UTI, de decisão clínica e de enfermaria”, sustentou.
O governador falou que manteve reunião recente com a Caixa Econômica Federal (CEF) para tratar do Centro de Convenções e garantiu que o estado custeará, com recursos próprios, a maior parte das obras.
“Eu espero que até o final do mês possamos lançar o edital completo de licitação. A obra ficará em torno de R$ 120 milhões, dos quais R$ 70 milhões serão do tesouro do estado e R$ 50 milhões de emendas parlamentares. Essa é uma obra importantíssima para Campina Grande e vai fazer com que o segmento, que já é forte na cidade, seja fortalecido mais ainda”, explicou.
João Azevêdo ainda ressaltou as obras de mobilidade urbana em andamento na cidade, realizadas com recursos próprios do estado. “Nós vamos desafogar o trânsito com a estrada que liga a BR-230, chegando até Lagoa Seca, cruzando por Massaranduba. Essa obra está em execução e em breve passará a servir ao povo de Campina Grande”, disse.
Por fim, ele lamentou a suspensão do projeto de implantação do VLT na cidade devido à ação da antiga gestão do município junto ao governo federal para impedir a execução da obra pelo governo estadual.
“A implantação do VLT foi suspensa por conta da ação do ex-prefeito da cidade. Eu pedi ao ministro da Infraestrutura apenas a liberação da faixa porque tínhamos o recurso para fazer a obra, mas o prefeito da época foi até o presidente da República que gravou um vídeo dizendo que a obra seria feita pelo prefeito da base e não pelo governador da oposição. Eu disse à época que não iria brigar por obra nenhuma, mas disse também o VLT não seria feito porque a prefeitura não tinha os recursos, tanto que terminou o mandato dele, nada foi feito e quem perdeu foi a cidade”, avaliou.