Um novo equipamento será instalado no Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB), nos próximos meses, com o intuito de manter a vigilância e as estratégias de enfrentamento do vírus no estado.
Com este investimento, as amostras analisadas pelo laboratório paraibano não precisarão ser mais enviadas para os laboratórios de referência no Rio de Janeiro (RJ) e no Pará (PA).
O equipamento pode identificar geneticamente outros micro-organismos, além do vírus SARS CoV2O.
O novo equipamento para sequenciamento genético e o treinamento da equipe técnica do Lacen serão disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
O Governo do Estado irá viabilizar a estrutura física e outros equipamentos para dar ainda mais agilidade nas análises das amostras, que contribuem para as estratégias de prevenção e vigilância das variantes que circulam na Paraíba.
O investimento, que contará com recursos próprios do Tesouro Estadual e do Ministério, gira em torno de R$ 1,5 milhão.
De acordo como secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, a equipe do Lacen receberá uma capacitação em bioinformática para desenvolver as pesquisas no banco genômico.
“A previsão é de que até dezembro estejamos em pleno funcionamento com este equipamento que vem dar um realce na questão do sequenciamento de amostras covid-19, que passarão a ser realizadas todas na Paraíba. As equipes já receberão o treinamento em setembro e a compra do equipamento deve ser finalizada no mês de outubro”, adiantou o secretário.
O secretário reforça que nem toda amostra é elegível ao sequenciamento. “Esta é uma metodologia para vigilância laboratório e não para diagnóstico e acompanhamento clínico”, observou.
O exame RTPCR é a metodologia padrão ouro adotada no diagnóstico. Para o sequenciamento é necessário seguir alguns critérios epidemiológicos sinalizados pela vigilância estadual e técnicos, definidos após a realização do RTPCR para SARS CoV2, como a carga viral e os indicadores de amplificação que a amostra apresenta.
Variantes na Paraíba – A Secretaria de Saúde do Estado tem mantido uma rotina de envio semanal de amostras, a fim de conhecer o panorama das linhagens que circulam no Estado. Até o momento, já foram sequenciadas 233 amostras das 12 regiões de saúde.
Neste mapeamento a variante predominante no Estado é a Gama (P.1), identificada inicialmente em Manaus.
No entanto, no último lote de resultados de sequenciamentos recebido em 15 de junho, identificou-se pela primeira vez no Estado uma amostra da variante Alpha – B.1.1.7 (20I/501Y.V1), que inicialmente foi detectada no Reino Unido, designada como VOC, em 18 de dezembro 2020.
O caso se trata de um jovem, sexo masculino, 19 anos, residente em João Pessoa, sem histórico de viagem e com sintomas em 23 de março, com evolução de cura. Na dispersão das variantes no Estado, observa-se uma concentração de casos na primeira macro.