Por conta das fortes chuvas registradas no último final de semana, a Defesa Civil de Campina Grande interditou no último sábado, 28, dois imóveis que apresentavam riscos de desabamento.
O objetivo foi evitar mais danos aos moradores e fazer um alerta às pessoas que trafegam pelo local. As interdições foram de um sobrado, localizado na rua Ouro Branco, 890, bairro da Palmeira (onde parte da marquise caiu) e uma casa no bairro da Liberdade. Os imóveis foram desocupados.
E já na manhã desta segunda-feira, 30, equipes da Defesa Civil voltaram ao Residencial Ouro Branco, para verificar as providências que foram tomadas pelo proprietário. No local foi realizado o escoramento, evitando riscos de um desmoronamento total e de acidentes com maiores proporções.
Também nesta segunda-feira a Defesa Civil está intensificando o monitoramento nas áreas mais atingidas pelas chuvas deste final de semana, avaliando as condições dos imóveis alagados para verificar a possibilidade do retorno das pessoas que estão desalojadas.
Na madrugada desta segunda-feira, 30 de maio, a Defesa Civil de Campina Grande recebeu do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), a informação de que o alerta de risco hidrológico alto foi cessado e que a previsão de chuvas moderadas deve continuar nesta semana. No entanto, as equipes do sistema municipal de Defesa Civil continuam trabalhando na execução do Plano Resposta para o Enfrentamento de Desastres/Acidentes de natureza Hidrológica.
Já o alerta para os pequenos açudes nos distritos de Galante e Catolé de Zé Ferreira, localizados nos sítios Jacu, Jorge e Vera Cruz, continua. Neste caso, as Secretarias Municipais de Agricultura (Seagri) e de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma) estão tomando as providências necessárias.
Ruiter Sansão diz que o alerta serve para os demais municípios vizinhos, como Lagoa Seca e Puxinanã, e que os colegas da Defesa Civil continuam atentos aos barramentos dos pequenos mananciais, já que as chuvas continuarão. “Não podemos relaxar. É hora de trabalhar”, destacou.
Ele também falou a respeito do relevo de Campina Grande, que proporciona declives de até 160 metros, provocando alagamentos nas áreas mais baixas. Foi o que ocorreu, por exemplo, em oito ruas que ficaram alagadas no bairro Novo Horizonte.
Conforme a Defesa Civil, a situação no município é considerada estável. As famílias desalojadas (que por medida de segurança precisaram sair de suas casas) ou desabrigadas (cujas casas foram destruídas pelas chuvas) estão sendo assistidas pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).
Segundo Ruiter Sansão, estão envolvidas nas ações as seguintes instituições: Comdec – Coordenadoria Municipal de Defesa Civil; Corpo de Bombeiros; Guarda Civil Municipal; Secretarias Municipais de Assistência Social; Agricultura; Obras e Serviços Urbanos e Meio Ambiente. Ruiter informa que os plantões 199 (Defesa Civil) e 193 (Bombeiros) podem ser acionados pela população durante 24 horas.
Balanço
Da última sexta-feira (27) até o domingo (29) foram registrados 89,4 milímetros no medidor da AESA que fica na sede da Embrapa, no bairro do Centenário.
72 pessoas ficaram desalojadas (deixam seus imóveis por conta das chuvas, mas que voltam após o escoamento das águas) e 4 desabrigadas (que o imóvel ou parte dele desabou).
Foram 68 desalojadas no Distrito dos Mecânicos (assentamento) e quatro na Rua Manuel Paulino, no bairro do Catolé.
4 pessoas desabrigadas que moravam na Rua Noberto Leal, Alto Branco.
Foram registrados 38 alagamentos e 6 inundações;
1 (um) desabamento de imóvel na Rua Norberto Leal – Alto Branco;
Interdição de um imóvel na rua Ouro Branco, 890 – Palmeira, cuja marquise pode desabar;
Interdição de um imóvel no bairro da Liberdade (frente da casa pode desabar)
Dois desabamentos de muros, nos bairros de Palmeira e Alto Branco.
Realizadas quatro avaliações de riscos em barramentos (açudes) nos sítios Jacu, Jorge e Vera Cruz;
16 avaliações de riscos de imóveis nos bairros da Palmeira, Cidades, Catingueira, Distrito dos Mecânicos, Tambor e Liberdade.