Tão logo acabou o primeiro turno das eleições municipais em Campina Grande se criou uma narrativa terrorista de que a eleição estava acirrada e que o resultado do segundo turno seria semelhante ao da eleição de 2004, onde o então vereador Veneziano Vital vencia o pleito com uma pequena vantagem.
Esse discurso foi propagado durante toda campanha e fez com que muita gente acreditasse que a maioria de 30 mil votos obtida pelo prefeito Bruno Cunha Lima no primeiro turno seria engolida pela oposição, ao ponto de chegar a uma virada.
No entanto, esses não eram os números que apareciam nas pesquisas internas, nem naquelas que foram registradas e divulgadas, a exemplo da que foi realizada, pelo instituto Exatta, que apontou uma vitória de Bruno com 58% dos votos válidos, o que veio a se confirmar.
Se nas conversas das rodas de política, quase ninguém se arriscava a dar um palpite com margem maior, os números frios refletiam o sentimento da população.
Não é possível dizer que houve eleição apertada em Campina Grande, quando o prefeito eleito obteve 37 mil votos a mais que seu opositor, o que representa uma diferença superior a 16%.
O que houve foi a repetição do cenário de 2020, onde a época, mesmo no primeiro turno, a oposição junta conquistou quase 100 mil votos.
A surpresa deste segundo turno foi descobrir que a realidade não se move por narrativas!