É notório que a pré-campanha do empresário Artur Bolinha rumo a disputa pela prefeitura de Campina Grande ainda não se recuperou do ‘baque’ que sofreu com saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL.
Em pomposo evento, mas de forma muito precipitada, Bolinha anunciou sua filiação ao partido no sonho de engatar uma parceria e ser o candidato do presidente em Campina Grande, acostando sua imagem à onda conservadora, direitista e bolsonarista.
Não deu certo! Tinha um Carlos Bolsonaro no meio do caminho! Com os planos baldeados pelo êxodo do presidente e sua turma, coube a Bolinha respirar fundo e ‘recomeçar do zero’ a estratégia eleitoral.
Agora, prestes a disputar sua terceira campanha majoritária em Campina Grande, Artur parece ter entendido que sem a ‘onda Bosonaro’ terá que disputar uma eleição nos moldes tradicionais.
Bolinha já percebeu que uma campanha se faz por várias mãos e que as lideranças de base ainda fazem muito a diferença em um processo eleitoral municipal. Aos poucos, ele vem se libertando do discurso radical e entrando em uma transição para alguns métodos tradicionalmente usados em campanha.
Nos últimos dias, o pré-candidato tem iniciado uma verdadeira maratona de reuniões e conversas com lideranças de bairro e com possíveis candidatos ao cargo de vereador. No entanto, ainda lhe falta um instrumento fundamental nessa caminhada: uma ‘bússola’.
Apesar de ser um empresário muito organizado, tem faltado a ele a figura de um coordenador-conselheiro experiente que o possa conduzir nesse traiçoeiro e espinhoso caminho da política. O campo está aberto para todo mundo.
Sim… Bolinha ainda terá que demonstrar muito jogo de cintura na relação com a direção estadual do PSL…