O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande (ACCG), Marcos Procópio, defendeu um olhar criativo em busca uma saída para o dilema: abrir o comércio ou seguir as orientações das autoridades de Saúde para quarentena.
Segundo Marcos, se por um lado é preciso preservar a saúde das pessoas e evitar a propagação do coronavírus, por outro, se faz necessário cuidar das necessidades das pessoas.
“O vírus do desespero e da necessidade é mais letal que o coronavírus. É preciso ter um olhar mais delicado”, disse.
Em entrevista à Rádio Panorâmica FM, o empresário demonstrou preocupação principalmente com a situação dos trabalhadores autônomos diante da crise que se instalou no país.
Ele fez várias sugestões de ações para garantir que a economia gire, mesmo que de forma mínima e sem propiciar riscos à população.
“Os bancos poderiam elastecer seus horários, funcionar das 8h às 17h e aos sábados. O comércio poderia funcionar em horário reduzido, de 9h às 16h. reduzir o fluxo de pessoas nos ônibus, sem horário de concentração. A suspensão da gratuidade forçaria os idosos a não fazer deslocamentos”, detalhou.
Ele alertou que a arrecadação dos municípios e estados depende dessa cadeia econômica funcionando. “Sem geração de riquezas, não tem impostos, e sem impostos não tem cuidados das pessoas. Vai faltar dinheiro para pagar funcionalismo público, para manter hospitais, comprar remédio”, disse.
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