A carta, a assinatura, a meia volta e os objetivos

Há alguns anos, antes das novas tecnologias revolucionarem tudo, a carta era o principal instrumento de comunicação entre os brasileiros. Foram os tempos áureos da Empresa de Correios e Telégrafos.

Hoje, pouco usada, a carta ainda tem que sofrer com a ação daquelas que a inferiorizam, diminuindo sua relevância.

Foi o que aconteceu esta semana na Câmara Municipal de Campina Grande, quando o vereador Saulo Noronha (SDD) espalhou para algumas pessoas uma carta redigida por ele mesmo, na qual renunciava ao cargo de primeiro secretário na Mesa Diretora do legislativo mirim.

A “renúncia” deixou muita gente surpresa, pois não se esperava que um parlamentar responsável tomasse tal decisão simplesmente por “motivos de ordem pessoal”, como estava expresso no documento.

Ao ser questionado por alguns meios de comunicação, o edil admitiu ter redigido a carta, mas disse que não assinou e nem protocolou o documento no qual abdicaria de estar na Mesa Diretora.

Diante esta situação, é preciso fazer algumas indagações: O que levaria o vereador escrever a carta e não assinar, mas mesmo assim espalhar para outras pessoas e depois dizer que não quer renunciar? A quem se endereçava a correspondência? Faltou coragem ou sobraram interesses pessoais?