Análise: a mão quase invisível que impulsionou Pedro

Foto: reprodução/redes sociais

Qualquer analista político ou um simples curioso, como eu, que acompanha o processo eleitoral deste ano na Paraíba, deve ter percebido a guinada que houve na campanha do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) a partir da entrada definitiva do pai dele, ex-senador Cássio Cunha Lima, na coordenação e articulação do projeto majoritário tucano.

Ficou evidente que a participação de Cássio nos bastidores, aliada à determinação de Efraim Filho, candidato ao Senado na chapa de Pedro, foram cruciais para o bom desempenho da candidatura oposicionista na Paraíba.

Até o engajamento de Cássio a candidatura de Pedro encontrava sérias dificuldades de viabilidade, pois tinha surgido de forma quase improvisada, mediante a decisão do ex-prefeito Romero Rodrigues de não concorrer ao Governo do Estado e optar por disputar uma vaga na Câmara Federal.

A princípio, a estratégia da campanha de Pedro foi tentar desvincular sua imagem da figura do pai e da própria família Cunha Lima, o que se mostrou um erro terrível e foi corrigido a tempo, inclusive com a participação efetiva de todos os familiares no processo.

A experiência de quem governou a Paraíba por duas vezes, foi senador por oito anos e passou quase toda a vida se dedicando à política provocou uma mudança radical em uma campanha insossa e desconectada com o interior. Coube a Cássio apresentar a Paraíba a Pedro e vice-versa.

O resultado foi a chegada de Pedro ao segundo turno bem na frente de seus concorrentes do bloco oposicionista.