Análise: a oposição em Campina vai precisar refazer as rotas e os planos

Foto: João Neto/Notícia Certa

O grupo de oposição em Campina Grande mais uma vez se deixou encantar pela possibilidade de um racha na base governista e uma possível candidatura do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) à prefeito em 2024.

Foram tantos acenos e assédios a Romero, que faltou planejamento e organização do grupo para construir um projeto de candidatura própria e única, que tivesse o DNA oposicionista raiz.

O tempo passou, Romero não se definiu e agora, menos de um ano para a eleição, a oposição começa a se dar conta de que poderia ter construído um nome forte, competitivo para disputar pela prefeitura de Campina Grande com o atual prefeito Bruno Cunha Lima e até mesmo com o próprio Romero, se este decidisse ser candidato.

O que se viu foi a multiplicação de pré-candidatura nanicas e sem potencial eleitoral nenhum. O próprio Fórum Pró-Campina, que prometia ser um movimento organizado de oposição, não conseguiu sair dos muros da antiga faculdade de administração, onde habitualmente faz seus encontros, para ganhar corpo nas ruas.

Não fizeram e perderam o time. Agora, vão tentar correr atrás do prejuízo, resgatando projetos que estavam na prateleira há muito tempo, como por exemplo, do deputado Inácio Falcão.

Matematicamente e eleitoralmente, Inácio é o nome mais forte da oposição para concorrer no pleito do próximo ano. Embora desvalorizado pelo grupo, Falcão reúne as melhores condições de disputa.

Se em vez de ficar paquerando com Romero, a oposição tivesse assumido um relacionamento sério com Inácio ou com Jhony Bezerra, secretário de Saúde, talvez o cenário já fosse outro.