Análise: Adriano, por uma Paraíba melhor e mais justa para…

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Foto: Blog do Max Silva

Há 15 anos o engenheiro Adriano Galdino, ex-prefeito da cidade de Pocinhos, iniciava sua ascensão política em nível estadual. Foi em 2010, dentro de uma aliança entre os ex-governadores Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho, que Galdino disputou uma vaga na Assembleia Legislativa e foi eleito pela primeira vez deputado estadual.

Desde então, Adriano conseguiu crescer assustadoramente nos bastidores, ocupando cada vez mais espaços dentro das esferas de poder.

Saiu de um simples mandato de deputado estadual, para presidir a Assembleia Legislativa por cinco vezes, feito inédito; elegeu o irmão, Murilo Galdino, deputado federal; elegeu a esposa, Eliane Galdino, prefeita de Pocinhos e conseguiu a nomeação da filha, Allana Galdino, como conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB).

Apesar de longevo na política, o nome de Adriano nunca figurou entre os mais populares no cenário estadual. Habilidoso com prefeitos, vereadores e lideranças políticas, Galdino sempre enfrentou dificuldades ao se apresentar para uma disputa majoritária.

Nunca conseguiu conquistar a simpatia do povo paraibano ao ponto e figurar entre os favoritos para uma disputa majoritária.

Em 2016, quando ousou disputar a Prefeitura de Campina Grande, mesmo dispondo de uma gigantesca estrutura de campanha, Adriano amargou um pífio quarto lugar nas eleições, obtendo apenas 8 mil votos e ficando atrás do empresário Artur Bolinha, que realizava uma campanha modesta.

Quando começou a se arvorar como pré-candidato a governador, a falta de empatia de Galdino fez a própria população entender que se tratava apenas de um movimento para valorizar seu apoio ao candidato governista e não uma postulação verdadeira.

Estava claro que Adriano não teria coragem de romper com o governador João Azevêdo, diante da quantidade de espaços que o grupo do deputado dispõe na estrutura do governo estadual. O modo como ele construiu sua liderança estadual foi beseado nesse expediente e isso o engessou a tal modo, que seria quase impossível se afastar do Governo.

Então, a melhor saída foi botar a viola no saco, fechar um bom acordo com o governador João Azevêdo, apoiar o vice Lucas Ribeiro e garantir mais uma vez as confortáveis vagas na Assembleia e na Câmara Federal para seu clã político.

Relembrando o bordão do próprio Adriano, o acordo deste final de semana ocorreu “por uma Paraíba melhor e mais justa para todos”…os meus interesses.