O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos), nunca escondeu de ninguém seu desejo de estar em uma chapa majoritária, disputando o Governo da Paraíba.
Chegou a ser cotado em 2022, na chapa do governador João Azevêdo, mas viu o pleito se esvair diante de um impasse com o grupo Ribeiro, que acabou conseguindo ficar com a vaga e eleger Lucas como vice-governador.
Sem problema em reconhecer sua baixa densidade eleitoral estadual, ao revelar publicamente que “tem vontade de ser governador, mas lhe faltam os votos”, Adriano parece ter entendido qual o caminho mais viável a ser percorrido.
Ao se lançar como possível candidato a governador, dois anos antes do pleito de 2026, Galdino tenta seguir os passos do senador Efraim Filho, que iniciou sua caminhada rumo ao Senado Federal com enorme antecedência e quando poucos acreditavam em sua vitória.
Com o slogan “foguete não dá ré”, Efraim venceu todos os obstáculos de uma pré-campanha, inclusive o mais difícil deles: fazer as pessoas acreditaram que sua postulação era pra valer e com chances de vitória.
Para Adriano, o desafio é bem maior. Primeiro, porque apesar de sua excelente habilidade nos bastidores, ele não conta com a mesma desenvoltura de Efraim junto ao povo. O senador do União Brasil é descolado e se entrosa fácil em todos públicos e idades, diferentemente do presidente da ALPB, que tem mais dificuldade de dialogar com a juventude, principalmente através das redes sociais.
Conhecido por ser um político de palavra, mas de gênio difícil, Galdino terá que ser muito mais que um foguete para chegar ao destino desejado.