Desde que assumiu o comando da Prefeitura de Campina Grande, Bruno Cunha Lima fez questão de colocar uma linha divisória entre sua gestão e o governo de Romero Rodrigues, seu antecessor e maior cabo eleitoral em 2020.
Mesmo reconhecendo em alguns momentos que sua gestão era de continuidade, pois havia sido eleito dentro da conjuntura governista, Bruno deu demonstrações de que pretendia fazer administração diferente do modelo Romero, e assim o fez.
Se esse novo ritmo está correto ou se foi mais ou menos eficiente, não vou entrar no mérito, pelo menos por enquanto. O que é inegável é que existem diferenças astronômicas na condução da gestão entre os dois.
Uma das maiores provas desta discrepância foi a batalha travada dentro da Secretaria Municipal de Saúde, onde haviam dois grupos gerenciando a Pasta. Um, liderando pelo então secretário Filipe Reul, remanescente da gestão Romero e o outro, comandado por Gilney Porto, adjunto à época, que tinha sintonia plena com Bruno.
Esse impasse durou quase 10 meses, travou muitas ações, e culminou com a exoneração de Reul e a ascensão de Gilney ao posto de secretário, como era o desejo inicial de Bruno.
As críticas públicas de Gilney à gestão anterior, divulgadas esta semana pela imprensa, não são um fato novo para quem acompanha os bastidores e conhece os fatos que acabamos de relatar acima, mas servem para mostrar que a distância entre Bruno e Romero é maior do que muitos imaginavam.
Resta saber se ainda é possível zerar essa distancia e reunificar o grupo até as eleições do ano que vem.