Análise: Bruno, o União e o foguete

Quando começou a caminhada objetivando ser senador da República pela Paraíba, o então deputado federal Efraim Morais Filho resolveu antecipar a pré-campanha, deflagrando uma verdadeira peregrinação por prefeitos e lideranças aliadas.

E deu certo! Mesmo desembarcando da aliança com o governador João Azevêdo, Efraim conseguiu manter o apoio da base aliada de prefeitos e conquistou adesões importantes na oposição, a exemplo do grupo Cunha Lima, em Campina Grande, o que lhe rendeu uma elástica votação na cidade.

Durante o percurso da campanha, Morais adotou um bordão, que lhe seguiu durante a caminhada rumo ao Senado. A frase “foguete não dá ré” seguida de uma representação de um foguete decolando, referenciou o marketing de então candidato.

E o que isso tem a ver com a filiação do prefeito Bruno Cunha Lima ao União Brasil, neste domingo (17)? Muita coisa!

O partido União é comandado na Paraíba por Efraim, que pretende acionar novamente as turbinas e botar em contagem regressiva a decolagem de um novo projeto: o foguete BCL.2, versão turbinada.

Nem a Nasa, muito menos a SpaceX, entendem ou entenderão como é um funcionamento de um foguete político. Como um desacreditado projeto pode decolar, atingir a órbita e obter sucesso em sua missão.

Para os analistas de política, a sugestão é pegar seu binóculo e ficar acompanhando a decolagem deste projeto em meio a outros que estão prestes a sair do solo.