Análise: Foi dada a largada na corrida pelo Palácio do Bispo em Campina Grande

Foto: Ascom

As recentes movimentações do grupo Ribeiro e do prefeito Bruno Cunha Lima, mais precisamente nos últimos dias, são um prenúncio de como se moldará o processo eleitoral de 2024, em Campina Grande.

De um lado, o Progressistas, capitaneado pelo vice-governador Lucas Ribeiro, busca aglutinar e reunir o maior número de lideranças do campo de oposição para consolidar a liderança ‘ribeirista’ na cidade.

Nesta linha, Lucas estreita laços com vereadores, suplentes, ex-vereadores e segmentos da sociedade campinense, em um processo que deverá se intensificar ainda mais a partir de janeiro, quando assumirá ele a vice-governadoria.

Um texto distribuído pela assessoria da senadora Daniella Ribeiro nesta quinta-feira (22) faz críticas indiretas à gestão municipal, em relação à geração de emprego, deixando claro como será o posicionamento do grupo a partir de agora.

Na outra ponta, o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), natural candidato à reeleição, encerra de vez qualquer ligação com os Ribeiros ao exonerar servidores do gabinete do vice-prefeito, assim como, já procura fortalecer seu agrupamento, se aproximando da bancada de vereadores e de aliados como o ex-prefeito Romero Rodrigues (PSC), eleito deputado federal.

Bruno também é pressionado a se aproximar do senador Veneziano Vital (MDB) por necessidade eleitoral e administrativa. A proximidade do emendebista com o presidente eleito Lula poderia abrir portas em Brasília para a gestão municipal em Campina Grande.

Historicamente, quanto maior o embate entre lideranças campinenses que estavam no Estado, em oposição aos que comandavam a prefeitura, Campina Grande saía plenamente beneficiada com obras e ações das duas esferas de poder. Resta saber quais proveitos a cidade vai tirar dessa nova rivalidade paroquial.