Formado em 2019, após o início dos trabalhos na Assembleia Legislativa da Paraíba, o “G11”, grupo de parlamentares estaduais autointitulados de independentes, vê nesse início de 2020 seu poderio de fogo reduzir.
O grupo, apelidado nos bastidores de “Centrão da Paraíba”, começa a sentir o peso da caneta palaciana. Segundo informações colhidas pelo blog, está em curso uma ofensiva vinda da granja Santana com objetivo de frear as pretensões da bancada independente.
Parece que o governo João Azevedo percebeu perigo que esse grupo unido pode representar ao seu andamento e já começa a negociar no “varejo” com a finalidade de desmembrar e reduzir o número de parlamentares integrantes da bancada “centrista”.
O primeiro a provar o ‘mel do Palácio’ foi justamente o ex-líder do bloco, deputado sertanejo Júnior Araújo (Avante), convidado de forma individual e pessoalmente pelo governador João Azevedo para assumir a chefia da Casa Civil. O suplente, Anísio Maia (PT) assumiu já declarando (não poderia ser diferente) seu inteiro apoio ao Governo.
O novo líder do G10, Felipe Leitão (DEM), declarou à imprensa que esta não foi uma indicação do grupo. E por falar nele, a postura mais radical do deputado, que defendeu a instalação da “CPI da Calvário”, também vem a contribuir para uma fissura no grupo.
Parte do grupo já se posiciona contra a posição do líder, pois estes parlamentares defendem o arquivamento dos dois processos. E as incursões governistas continuam…Outros deputados estão em profícua negociação com o Palácio, inclusive conseguindo nomeações de aliados em cargos nas cidades onde possuem base política.
A saída do deputado João Bosco Carneiro (Cidadania) para integrar definitivamente a bancada de oposição é outra baixa no grupo que agora passa a ter apenas um dígito, com apenas nove parlamentares.
Ainda integram a bancada do “G” os deputados; Genival Matias (Avante), Tião Gomes (Avante), Taciano Diniz (Avante), Felipe Leitão (DEM), Polyanna Dultra (PSB), Nabor Walderley (PRB), Caio Roberto (PR), Dr Érico (Cidadania), Doda de Tião (PTB). A continuar assim, o grupo poderá se tornar o “G1”, em uma referência ao site de notícias da TV Globo.