Análise: O pragmatismo de Lula na Paraíba

Pode ir ‘tirando o cavalinho da chuva’ quem sonhava em ver um ex-presidente Lula com apenas um palanque na Paraíba nas eleições de 2022. O pragmatismo cada vez mais forte do petista não permitirá.

As por um lado Lula conhece muito bem como funciona a política local em cada estado ou região, por outro tem consciência de que precisará de voto, seja de quem vier, para enfrentar um Jair Bolsonaro com uma base popular ainda sólida, apesar de enfraquecida.

Para ele, não importa o broche partidário e suas preferências locais, desde que tenha intenção de apoiá-lo em nível nacional. Bem assim: “Se é contra Bolsonaro, é meu aliado automaticamente”.

O pragmatismo também faz Lula refletir que precisará de um palanque forte no Estado, que lhe permita chegar a todos os recantos da Paraíba. Por isso, o petista se aproxima e procura dialogar com o governador João Azevêdo (Cidadania).

Na estratégia natural do PT, serão estimulados outros palanques em seu favor assim como aconteceu em 2006, quando Cássio Cunha Lima (PSDB) era o governador, apoiava Geraldo Alckmin para presidente, mas aliados criaram o comitê Lula-Cássio na Paraíba.

De lá até agora, o pragmatismo continua sendo o caminho de Lula.

Por Max Silva