As recentes movimentações políticas pós eleição em Campina Grande revelam que a bancada de oposição, embora (teoricamente) minoria a partir de janeiro, continuará a dominar os debates e pautar os temas em Campina Grande.
Essa realidade é fruto da falta de liderança e de articulação na base governista, o que poderá render dissabores ainda maiores no segundo governo ao prefeito Bruno Cunha Lima.
Se do lado situacionista sobram vaidades e desentendimentos, no bloco de oposição, as amostras iniciais apontam para sintonia e consenso.
Com eleição da presidência da Câmara Municipal já encaminhada para ascensão de um vereador da base governista, está claro pela forma como se construiu o processo, que os demais cargos da mesa diretora, assim como, as presidências das comissões temáticas deverão ficar nas mãos de parlamentares oposicionistas.
Isso municiará a oposição para que possa realizar manobras, barrar projetos, atrasar votações e ampliar o controle sobre os temas em debate na Casa de Félix Araújo, mesmo sem possuir oficialmente maioria.
Se hoje o governo Bruno encontra inúmeras dificuldades para votar uma simples suplementação orçamentária, que viabiliza o pagamento de salários a servidores, essa realidade provavelmente continuará na segunda gestão, impulsionada pela falta de consenso na base e pela coesão e articulação da oposição.