Análise: um detalhe importante na chapa governista que passou despercebido

lucas, joao cicero

Os olhos da política paraibana estão cada vez mais atentos aos passos dos principais atores da base aliada do Governo do Estado, em direção às eleições de 2026.

Cada gesto, fala, olhar ou mesmo brincadeira são minuciosamente analisados à exaustão, por quem tenta compreender os objetivos de cada peça posicionada no melindroso tabuleiro político paraibano.

Em meio a blefes, passos ensaiados e movimentos misteriosos, estão a jogar Hugo Motta e Adriano Galdino, ambos do Republicanos, Lucas Ribeiro, Aguinaldo Ribeiro, e Cícero Lucena, do Progressistas e o governador João Azevêdo (PSB). O prêmio final almejado: o poder.

Republicanos, Cícero e Ribeiros travam uma disputa feroz pela chamada cabeça de chapa: a vaga de candidato a governador, que a cada dia fica mais próxima de Lucas Ribeiro, vice-governador, que assumirá o comando do Estado por tabela, com a renúncia de João Azevêdo para disputar o Senado Federal.

Com João deixando claro sua intenção de concorrer, Lucas vence a primeira batalha. Assumindo o governo, concorrerá à reeleição. No entanto, fica um dilema: como manter toda essa vaidosa e pragmática base por perto, lhe apoiando?

Talvez nem o próprio Lucas, nem os caciques do Republicanos estejam atentando para a importância de um cargo em especial na chapa majoritária: o de vice.

É preciso lembrar que Lucas assumindo o governo só terá direito a uma reeleição, ou seja, sendo reeleito em 2026, ele não poderá ser candidato novamente a governador em 2030, o que lhe fará seguir os passos de Azevêdo, deixando o governo nas mãos do vice para disputar o Senado Federal.

Portanto, quem for vice de Lucas em 2026, estará carimbando uma forte possibilidade de ser governador em 2030. Com isso, penso que a vaga mais disputada na chapa governista deveria ser a de vice.