Caso Padre Zé: Gaeco mira desvios no projeto ‘Prato Cheio’

Foto: Ascom

Na manhã desta quinta-feira (14/12), a força-tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB), pela Polícia Militar da Paraíba (PMPB) e pela Polícia Civil da Paraíba (PCPB), órgãos vinculados à Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, desencadearam a terceira fase “Operação Indignus”.

A finalidade foi dar cumprimento a 10 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário da Paraíba ( Juízo de Direito da 4ª Vara Criminal da Capital).

De acordo com o Gaeco, nessa fase, houve foco nas condutas referentes ao fornecimento dos itens alimentícios para o projeto Prato Cheio, que teve as contas esvaziadas, acarretando que cerca de 4 mil refeições por dia deixaram de ser fornecidas, mesmo vigentes os convênios.

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a um conjunto de empresas vinculados a uma única pessoa, a qual recebeu mais de R$ 23 milhões. Também teve por alvo um servidor público.

Esse desdobramento da investigação trata da apuração dos ilícitos relacionados ao pagamento de propina, lavagem de dinheiro, desvio de finalidade e apropriação indébita de valores repassados majoritariamente pelos cofres públicos ao Instituto São José, ao Hospital Padre Zé e à Ação Social Arquidiocesana (ASA), envolvendo um núcleo de empresas geridas por investigados.

Foram cumpridos todos os 10 mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços de seis investigados e quatro empresas, sendo três na cidade de João Pessoa-PB e sete na cidade de Patos-PB. O trabalho conta com a participação de 30 integrantes do Gaeco (incluindo membros e servidores), com 20 integrantes da Polícia Militar e 20 integrantes da Polícia Civil da Paraíba (delegados e policiais civis), formando um efetivo de aproximadamente 70 agentes públicos.