A senadora Daniella Ribeiro divulgou uma nota lamentando a exoneração dos comissionados e rescisão de contratos dos prestadores de serviço na Prefeitura de Campina Grande.
Para Daniella, o prefeito Bruno Cunha Lima agiu de forma desumana quando editou o ato.
“O ato merece repúdio não apenas pela quantidade dos atingidos, mas também pela crueldade peculiar em determinar a exoneração retroativa, subtraindo dos funcionários um mês inteiro de trabalho”, declarou Daniella.
A senadora se solidarizou com os servidores dispensados e disse que as justificativas apresentadas pela gestão não convencem.
“Nos solidarizamos com todas essas pessoas, vítimas de uma atitude oportunista de se aproveitar de recomendações de ajustes para promover, por falta de planejamento e, especialmente, interesses outros”, disse.
Veja a nota na íntegra:
Quero lamentar a forma desumana com a qual o prefeito Bruno Cunha Lima agiu ao exonerar mais de oito mil prestadores de serviço da prefeitura de Campina Grande, atingindo, de uma só vez, milhares de famílias, que, sem informação prévia alguma, se veem subitamente numa penosa situação de vulnerabilidade para honrar seus compromissos financeiros e sustentar seus familiares.
O ato merece repúdio não apenas pela quantidade dos atingidos, mas também pela crueldade peculiar em determinar a exoneração retroativa, subtraindo dos funcionários um mês inteiro de trabalho. Não avisar nada antes e subtrair injustamente o salário do mês é comprometer e desrespeitar de uma só vez o passado, o presente e futuro de toda essa gente.
E tudo isso sob o disfarce de estar ajustando as contas e se adequando a recomendações de órgão de controle externo.
Um embuste que não esconde a desorganização da atual gestão e as suas verdadeiras intenções. Ora, a quantidade das exonerações destoa da realidade das demais gestões que tem feito sim ajustes, mas dentro dos limites razoáveis, e, especialmente, sem adotar datas retroativas, um requinte próprio da crueldade do atual prefeito de Campina. Outro fato a revelar a contradição está nas constantes nomeações, de natureza política, que o atual gestor tem assinado. Ora, a gestão está inchada para uns e está com folga para outros?
Neste sentido, nos solidarizamos com todas essas pessoas, vítimas de uma atitude oportunista de se aproveitar de recomendações de ajustes para promover, por falta de planejamento e, especialmente, interesses outros, uma leva de exonerações nesta quantidade, e ainda de uma forma desrespeitosa, ao mesmo tempo em que premia alguns outros sob a inspiração de interesses eleitoreiros.