Definido hospital referência para possíveis casos de coronavírus em CG

Uma reunião na Secretaria de Saúde de Campina Grande definiu medidas preventivas de assistência a prováveis casos suspeitos do novo coronavírus na cidade. O Hospital Municipal Pedro I será unidade que vai receber possíveis casos da doença.

Mesmo sem apresentar nenhum caso suspeito, o município já iniciou as ações para preparar equipes, estrutura e profissionais e atender aos requisitos de atendimento, encaminhamento, acompanhamento e tratamento dos pacientes.

“Estamos iniciando o plano operacional, já traçamos as estratégias e vamos preparar nossos profissionais para agir preventivamente e, caso necessário, atuar com supostos pacientes que possam vir a aparecer na cidade, mas tudo se trata tão somente de precaução, uma vez que não há indícios de nenhum registro de caso suspeito no município”, disse o Diretor de Vigilância em Saúde do município, Miguel Dantas.

Fluxo de atendimento – As Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPA) estão sendo preparadas para fazer a triagem dos casos suspeitos.

Os profissionais estão sendo capacitados para identificar possíveis pacientes e proceder com o manejo clínico inicial, antes de encaminhar ao serviço de referência, que é o Hospital Municipal Pedro I.

O Hospital Municipal Pedro I foi escolhido como o serviço de referência para o acolhimento dos casos suspeitos de coronavírus e a unidade está sendo preparada para receber seis leitos isolados de tratamento semi-intensivo com respiradores e balões de oxigênio. Os equipamentos chegaram a Campina Grande nesta quinta e já devem ser instalados ainda esta semana.

Assim, o fluxo de atendimento se inicia na UPA, que encaminha os casos suspeitos ao Pedro I, através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). Logo, as pessoas que, por acaso, apresentarem sintomas associados ao coronavírus devem procurar a UPA, de acordo com o bairro onde moram. A Secretaria definiu as áreas de cobertura por bairros da cada unidade para dividir os atendimentos.

Apesar disso, os profissionais da Atenção Primária, ou seja, Unidades Básicas de Saúde, Centros de Saúde e Policlínicas, também precisam estar preparados para proceder conforme o protocolo de atendimento se houver casos suspeitos em sua unidade.

Por isso, na próxima terça-feira, 3 de março, todos os trabalhadores em saúde vão passar por treinamento e capacitação no auditório da Faculdade Maurício de Nassau, no bairro da Palmeira.

Além dessas ações, a Direção de Vigilância em Saúde já iniciou a comunicação dos protocolos de notificação de casos suspeitos em todas as unidades e hospitais, inclusive clínicas particulares.

“Todo esse trabalho é para esclarecer para os profissionais quais são realmente os casos suspeitos e como proceder a partir do registro, porque são situações muito específicas. O paciente precisa apresentar causas combinadas de sintomas e ter visitado algum país considerado área de risco ou ter tido contato com algum visitante desses países para poder ser declarado caso suspeito. Então, o momento é de muita cautela e tranquilidade, mas toda a rede precisa estar preparada”, disse Miguel.

Da redação com Ascom