O deputado federal Damião Feliciano (PDT) comentou nesta sexta-feira (07) o pedido de impeachment apresentado na Assembleia Legislativa contra o governador João Azevedo e a vice-governadora Lígia Feliciano.
O parlamentar disse no programa Hora H que a inclusão da vice-governadora no processo é uma aberração jurídica, pois ela não pode responder por crime de responsabilidade sem sequer ser a gestora do Estado.
“O caso não é grave, não. É muito grave o que está acontecendo a questão da democracia desse estado. Para que se entre com um processo de impeachment contra o governador é preciso que ele tenha cometido um crime de responsabilidade. Pelo que eu vejo do processo que foi colocado não há crime de responsabilidade. Colocaram embutido dentro desse pedido o impeachment da vice-governadora porque ela seria co-responsável. Não existe esse figura na legislação. Isso nunca aconteceu nesse país. Quando o presidente Collor teve um impeachment foi por responsabilidade dele. Quem assumiu? O vice-presidente Itamar Franco. Agora recentemente vivemos o impeachment da presidente Dilma. Quem assumiu? O vice-presidente Michel Temer”, denunciou.
Para Damião, o processo não passa de um golpe que estaria sendo orquestrado no estado para elevar ao cargo de governador o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (PSB).
“Aqui na Paraíba eles colocaram o governador João e por baixo do pano, a vice-governadora. Prestem a atenção: se isso acontecer, quem assumiria o governo é o presidente da Assembleia, Adriano Galdino. Seria o beneficiado direto desse desfecho. Isso é gravíssimo. Daqui a 15 dias o governador do Estado seria Adriano Galdino. Isso nunca aconteceu em lugar nenhum do Brasil. Isso é um golpe, o maior golpe da democracia desse estado. Como parlamentar estou acusando publicamente esse golpe que a Paraíba não pode compartilhar. É sair de uma operação calvário para uma operação inferno”, declarou.