Todo início de ano o cidadão campinense já tem em mente algumas despesas a mais que vai ter de reajustar. É IPTU, material escolar, e claro, o tradicional reajuste da tarifa de ônibus do transporte público de passageiros.
No entanto, este ano, o aumento da passagem pode não acontecer. Temendo que um novo reajuste torne o transporte público de passageiros inviável na cidade, as empresas de ônibus deverão propor à Prefeitura um modelo que permita a manutenção do valor atual da tarifa, que é de R$ 3,60 para quem usa o ‘cartão vale mais’ e R$ 3,70 para pagamentos em espécie.
O receio do Sindicato das Empresas de Passageiros de Campina Grande (Sitrans) é de que um novo reajuste deixe a tarifa do transporte público semelhante aos valores praticados pelos aplicativos. Por isso, o órgão encaminhou à Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) um ofício solicitando uma audiência para tratar do assunto.
Para que não haja aumento na tarifa, o Sitrans vai propor ao Município alterações em horários e rotas dos ônibus, principalmente aos fins de semana, quando a demanda de passageiros cai drasticamente. No domingo, o fluxo de passageiros cai 75% em relação aos demais dias da semana.
Além disso, a proposta principal é modelo onde o município entraria com subsídio no valor da tarifa. Em 2019 foram realizadas alterações no processo de integração de passageiros, passando a ser de forma temporal e em qualquer ponto, usando o cartão. Mesmo assim, segundo as empresas, não foi suficiente para estancar a perca de passageiros.
A reunião do Conselho Municipal de Trânsito para debater o assunto ainda não foi marcada.