A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campina Grande divulgou nesta terça-feira (18) o resultado do segundo Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) deste ano.
O levantamento, realizado entre os dias 10 e 14 de abril, apontou um índice de infestação de 3,7 no município.
O resultado significa que existe um médio risco de proliferação das doenças transmitidas pelo mosquito, como Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. Dos 63 bairros visitados, 41 apresentaram risco médio e 22 registraram índices que apontam para alto risco. Os bairros com maiores índices de infestação foram Cruzeiro, Jardim Quarenta e Quarenta, com um índice de 7,1. Já o bairro com o menor índice foi Três Irmãs, com um resultado de 1,1.
O índice aponta para um discreto crescimento com relação ao LIRAa anterior, quando foram identificados focos em 3,2% das residências vistoriadas. Também foram identificados dois focos do mosquito Aedes albopictus, assim como no primeiro LIRAa do ano.
“Apesar disso, o resultado é considerado razoável, pois estamos em período de início de chuvas com incidência ainda de muito calor. Ou seja, a junção de fatores perfeitos para a infestação e a rápida proliferação. Contudo, em virtude das ações que estamos desenvolvendo, o índice está sob controle. Entretanto, é necessário redobrar os cuidados, pois vamos entrar no período de maiores chuvas e acúmulo de água por toda a cidade”, disse o gerente de Vigilância Ambiental, o biólogo e especialista em gestão ambiental Hércules Lafite.
Ações – A Secretaria de Saúde de Campina Grande já está realizando ações de combate ao mosquito nos bairros com maiores índices de infestação, com ações na zona rural, monitoramento de terrenos baldios por meio de drones, operação fumacê com novos carros e equipamentos, ação coordenada com uso de aplicativo com os Agentes de Combate às Endemias e diversas outras iniciativas, como o recolhimento de pneus em parceria com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma).
A campanha Todos Contra Um também orienta a população a colaborar, adotando medidas para evitar a proliferação do mosquito, como não deixar água parada em recipientes (pneus, garrafas e vasos de plantas).
Casos – Até o último dia 14 de abril, data de finalização do segundo LIRAa, os dados sobre os casos de arboviroses provocadas pelos Aedes aegypti em Campina Grande são os seguintes: 10 casos notificados de Zika Vírus, 7 casos descartados e 3 em investigação, sendo 3 residentes de Campina Grande e 7 de outros municípios; 86 casos notificados de Chikungunya, com 29 descartados, nenhum confirmado e o restante em investigação, sendo 47 casos notificados de residentes de outros municípios e 39 casos notificados de residentes de Campina Grande; e 259 casos de Dengue notificados, sendo 135 de residentes de outros municípios e 124 de Campina Grande, com 62 descartados e o restante em investigação.
