Muito dinheiro e pouca transparência: o que está em jogo na disputa pela ALPB

Foto: Ascom

A disputa pela presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba, nos próximos quatro anos, é o assunto do momento nos bastidores e rodas de conversa sobre política.

A frenética concorrência se iniciou minutos após o resultado do segundo turno, onde o governador João Azevêdo (PSB) conseguiu sua reeleição. De lá para cá, o que se vê é uma intensa movimentação que envolve reuniões, cafés, almoços e telefonemas, na tentativa de se conseguir maioria de apoio para comandar o Poder Legislativo pelos próximos quatro anos.

De um lado, o atual presidente Adriano Galdino tenta manter a hegemonia de três mandatos no comando da ALPB, articulando uma chapa ‘Republicana’ com Branco Mendes ou Wilson Filho no primeiro biênio. Na outra parte, os deputados Galego Souza e Eduardo Carneiro buscam a alternância de poder, prometendo uma gestão mais democrática.

Tanta articulação em busca do poder nos leva a questionar o que realmente está por trás de tamanha disputa. Uma rápida pesquisa no sistema Sagres, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) traz uma simples explicação: o futuro presidente terá à disposição um orçamento superior a R$ 300 milhões por ano, o qual poderá utilizar, quase sem preocupação de dar transparência aos gastos.

Para se ter uma ideia do gigantesco orçamento da Casa de Epitácio Pessoa, hoje a Assembleia dispõe de 2.232 servidores, dos quais 1.700 são comissionados. São 370 funcionários com super-salários, que variam entre R$ 8 mil e R$ 10 mil.

Se juntasse todos os servidores que a Assembleia possui, o prédio onde funciona atualmente a casa legislativa seria pequeno para abriga-los.