Obesidade infantil: médico pede atenção dos pais durante as festas de final de ano

Foto: Ascom

O desafio durante as confraternizações natalinas é garantir às crianças as boas memórias afetivas da data sem colocá-las na zona de risco da doença classificada como uma epidemia global pela OMS.

Último mês do ano e com ele as inúmeras festas de confraternização. Uma programação recheada de delícias gastronômicas geralmente com excesso de gordura e açúcar, que a criançada adora, mas que pode representar um acréscimo calórico perigoso, especialmente para aquelas diagnosticadas com obesidade.

De acordo com o médico pós-graduado em Nutrologia, Emanuel Santana, o controle da doença da obesidade entre crianças e adolescentes necessita da intervenção direta dos pais e diante das mesas fartas das festas natalinas, cabe aos adultos o cuidado com a oferta de opções mais saudáveis.

Para Emanuel Santana, que defende que o primeiro passo para enfrentar o problema da obesidade infantil deve partir dos pais, é preciso dialogar com as crianças orientando sobre a importância de não exagerar diante da tentação de tantas ofertas alimentares.

Se a orientação não for seguida é possível ainda buscar a estratégia de compensar o acréscimo da ingestão calórica durante a semana. Lembrando que os pais precisarão dar o exemplo nas festas e em casa.

“O que a gente percebe é que um hábito alimentar ruim tem sido passado de pais para filhos. É muito importante que os pais assumam o papel de cuidadores dos hábitos alimentares de seus filhos, então o primeiro passo deve partir de casa, os pais dando exemplo, melhorando a alimentação de seus filhos e também dialogando sobre o comportamento alimentar mais adequado durante as festas de confraternização natalina”, explicou Emanuel Santana.

Outro recurso que precisa ser utilizado para evitar o ganho de peso durante as festas de final de ano é incluir atividades físicas na programação das crianças, que via de regra estão de férias em dezembro.

“Mais uma ação que depende da iniciativa e incentivo dos pais, que nem sempre dispõem de tempo para fazer a atividade junto com os filhos, mas devem buscar uma articulação com a rede de apoio para garantir atividades que envolvam a programação de gasto calórico”, orientou o médico.