Com a abundância de chuvas na região, o açude Manoel Marcionilo, no município de Taperoá, recebeu um grande aporte hídrico e transbordou.
O que seria motivo de alegria, acabou se transformando em uma demonstração de insensatez e desrespeito com saúde pública e com a vida humana.
É plenamente entendível que o sertanejo, o caririzeiro, que são pessoas que convivem em regiões onde as chuvas são escassas e a água precisa ser racionada, se alegre com a sangria de um reservatório.
Em épocas normais, seria comum que as pessoas fossem e se aglomerassem para apreciarem a ‘sangria’ de um açude, até mesmo aproveitar e tomar um banho nas águas corrediças.
Mas é preciso entender (essa é a parte mais difícil) que não está tudo normal. Estamos numa Pandemia, onde a cada dia morrem milhares de pessoas, vítimas do coronavírus. Mesmo diante desse cenário, a insensatez, a irresponsabilidade e a falta de empatia geraram uma cena degradante como essa.
O que deixa mais triste é que a ‘alegria’ de um dia pode gerar uma angústia e tristeza de dias, semanas e até meses, inclusive levar ao luto!