O tempo não para! Já dizia a célebre frase. E na política ou mesmo na gestão pública, cada segundo é precioso e deve ser bem aproveitado. Além disso, é preciso aproveitar o momento certo para tomar determinadas decisões, o popularmente conhecido “timing”, palavra da língua inglesa para tempo, corriqueiramente usada aqui em nosso país.
Essa tem sido a grande dificuldade do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, durante sua gestão no município.
Não bastasse os inúmeros problemas que uma gestão pública oferece, Bruno tem sofrido muitas dificuldades provocadas pela sua demora e hesitação em tomar determinadas medidas administrativas ou de cunho político.
Desde a formação da equipe de governo, até as últimas decisões, houve demora nas definições e decisões.
As medidas de enxugamento da máquina pública publicadas na semana passada foram mais uma das hesitações do prefeito que lhe custaram um enorme desgaste político, algo que poderia muito bem ter sido evitado.
Pelo que pude apurar, essas medidas foram debatidas a semana inteira e só se decidiu o que fazer aos 45 minutos do segundo tempo. A partir daí, uma sucessão de erros provocou pânico nos servidores no final de semana.
O que poderia ter sido uma medida anunciada de forma suave, em uma entrevista coletiva, com explicações sobre os motivos e objetivos, acabou se tornando um pesadelo para os servidores e desgaste para a gestão.
A partir da repercussão negativa, o governo teve que correr para apagar incêndio, com secretários tentando acalmar servidores e o prefeito gravando um vídeo e convocando uma coletiva para a manhã desta segunda-feira, para esclarecer cada ponto do decreto e das portarias publicados no Semanário Oficial.
Coletiva que deveria ter sido feita na sexta, que evitaria todo desgaste sofrido pela gestão municipal até aqui. Apesar de bem-intencionado, falta ao prefeito o ‘time’ de tomar decisões antes que elas aconteçam.
Se Bruno não ajustar seu relógio ao ‘timing’ da política, ela passará e ele ficará pelo meio do caminho.