Sob a falsa impressão de que o interesse final é o bem estar da população, no fim das contas o jogo da política revela um único e sórdido objetivo: o poder.
Não à toa, diariamente e incessantemente os jogadores deste ‘tabuleiro’ se digladiam numa medição de forças quase surreal, para alcançarem, ao final, espaços dentro das estruturas de poder.
Para chegarem a seus objetivos, muitos deles não medem esforços, muito menos as consequências dos seus atos. Passam por cima de tudo e de todos.
Desafio maior encontram quando pretendem permanecer em tal função ou mesmo ascender para novos patamares. Neste caso, o exercício do maquiavelismo passa a ser quase uma obrigação.
São acordos e compromissos, muitos deles espúrios, que precisarão ser cumpridos, para que o sujeito permaneça com poder e não seja sujeitado pelo sistema com o qual se alinhou.
Nesse aspecto, quem se habilita ao processo precisa se dispor a estar pronto a agir com firmeza e determinação, a fim de não ser consumido pelo próprio espectro onde está inserido.
Se não o faz, perde o poder mesmo assentado no trono, terminando por ser sujeitado pelos próprios comensais. Quando expõe ou deixa expor sua fraqueza, todo e qualquer um, termina por se achar capaz de derrota-lo.
Ao final, a sensação que fica é que passar pelo poder sem exercê-lo é o mesmo que tomar banho e não se molhar.
