Paraíba já testou 20% da população do estado para a Covid-19

Foto: Francisco França/SecomPB

A testagem populacional é uma importante ferramenta para estudar o comportamento do novo coronavírus e delinear estratégias para o enfrentamento da pandemia.

Nessa terça-feira (20), a Paraíba alcançou a marca de mais de 830 mil pessoas testadas para a Covid-19, o equivalente a 20% da população do estado.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PB) é responsável pelo processamento de boa parte destes testes, com média diária de análise de 1.500 amostras do RT-PCR, exame considerado padrão ouro na detecção do vírus.

Em agosto do ano passado, o Governo do Estado entregou as novas instalações do Lacen-PB, o que contribuiu para o tempo de resposta no resultado das análises, como explica o secretário de saúde do estado, Geraldo Medeiros:

“Anteriormente as amostras de SWAB coletadas na Paraíba eram enviadas ao centro de referência, o Instituto Evandro Chagas, e isso gerava uma lacuna de aproximadamente 15 dias para o resultado dos exames. Hoje temos um prazo de resposta que gira em torno de 48h entre a chegada da amostra para processamento e o resultado fornecido ao município de origem”.

Desde a ampliação e inauguração das novas instalações, o laboratório já realizou mais de 167 mil exames e opera com a capacidade para o processamento de até 2 mil testes por dia, funcionando em três turnos.

As amostras são coletadas pelas secretarias municipais de saúde e enviadas em tempo oportuno para o laboratório. Para que a amostra seja viável, é preciso ser coletada entre o terceiro e sétimo dia de sintomas.

A coleta adequada e o incremento no número de testagem possibilitam ainda manutenção da vigilância sobre as cepas circulantes no estado.

De acordo com o diretor geral do Lacen-PB, Bergson Bezerra, a Paraíba manteve o monitoramento das cepas em circulação durante todos os meses da pandemia.

“Essa vigilância genômica propicia a tomada de decisões baseadas em evidências científicas, além disso, permitiu a identificação do primeiro caso de reinfecção da América Latina e a detecção de cepas de preocupação e interesse mundial como a variante P1”.