Romero propõe Política Nacional para Atenção à Mulher na Menopausa

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O deputado Romero Rodrigues (PODE-PB) defendeu, nesta quinta-feira (16), a criação de uma Política Nacional de Atenção Integral à Mulher na Menopausa, durante audiência pública realizada na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. A proposta busca assegurar que mulheres em todas as regiões do país tenham acesso a atendimento qualificado, acolhimento e tratamento contínuo por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

O parlamentar lembrou que o tema ainda é cercado por desinformação e preconceito, o que contribui para o sofrimento silencioso de milhões de brasileiras. “A menopausa é uma fase natural da vida, mas muitas mulheres enfrentam dificuldades físicas e emocionais sem encontrar apoio adequado. Precisamos transformar isso em política pública, com protocolos, medicamentos disponíveis e profissionais preparados”, afirmou Romero.

O encontro reuniu especialistas em saúde da mulher, representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Federal de Medicina (CFM), além de médicas, pesquisadoras e gestores públicos. A diretora do Departamento de Atenção à Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Mariana Seabra, confirmou que o governo já estuda a criação de protocolos específicos para o atendimento à mulher na menopausa, com foco em cuidados físicos, mentais e sexuais.

Entre as medidas defendidas pelos participantes está a ampliação do acesso à Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pelo SUS, com garantia de medicamentos e acompanhamento médico personalizado. Também foi destacada a importância de capacitar profissionais da rede pública, especialmente na atenção básica, para identificar sintomas e orientar as pacientes de forma humanizada.

Outro ponto debatido foi a atualização do Manual de Atenção ao Climatério e Menopausa, documento técnico do Ministério da Saúde que deve incluir novas diretrizes para acolhimento e tratamento integral. O fortalecimento de programas como o “Agora tem Especialistas”, que amplia o acesso a consultas e exames especializados, foi citado como exemplo de caminho para reduzir desigualdades regionais.

Além disso, os participantes defenderam a incorporação de terapias complementares, como auriculoterapia, fitoterapia e yoga, no atendimento oferecido pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Essas práticas, segundo os especialistas, contribuem para aliviar sintomas e promover o bem-estar físico e emocional das mulheres nessa fase.