Servidores de apoio da Educação de CG decidem manter suspensão das atividades

Foto: Ascom

Os servidores de apoio da educação de Campina Grande decidiram manter a paralisação das atividades, mesmo que haja anúncio por parte da Prefeitura, de retorno das aulas presenciais, ainda que de forma híbrida.

A posição da categoria foi definida durante assembleia virtual, realizada na manhã desta quinta-feira, 29, pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), já que muitos profissionais e grande parte da população não receberam ainda a segunda dose do ciclo de vacinação, e milhares de pessoas, sequer tomaram a primeira.

“Sendo assim, ainda é evidente o risco de contaminação pelo coronavírus, situação agravada pela precariedade estrutural da maioria das unidades escolares do município”,  lembrou a vice-presidente do Sintab, Monica Santos.

“Nós realizamos visitas e inspeções minuciosas nas escolas e creches designadas para o ensino híbrido e constatamos situações absurdas. Somente as duas escolas e as três creches do Complexo Aluízio Campos possuem as condições ideais. O resto coloca em risco a vida de trabalhadores e consequentemente seus familiares, neste contexto de pandemia”, reforçou.

O diretor de Cidades do sindicato, Joselito Barbosa, acrescentou que os efetivos não cederão a eventuais pressões por partes da gestão.

“Não aceitaremos nenhum tipo de pressão, nossa paralisação é em defesa da vida e estamos exercendo um direito legítimo. Não retornaremos, independentemente do anúncio de retorno às aulas, presenciais ou híbridas. Nosso movimento é forte e permanecerá como está”, enfatizou.

de acordo com o Sintab, os profissionais de apoio estão indignados com o desaso do governo municipal e manifestaram este descontentamento durante a assembleia.

“Nossas vidas não valem nada? Ainda estamos apenas com a primeira dose e se tivermos que ir trabalhar, não expomos somente a nós mesmos, mas todo mundo ao nosso redor. Eu não tenho medo de pressão de gestão porque estou exercendo meu direito. Meu medo maior é de morrer e se a gente morre, a gente é facilmente substituído”, lamentou uma servidora que participou da assembleia e terá seu nome preservado.

A categoria do apoio, formada por auxiliares de serviços gerais, merendeiras, motoristas escolares, secretárias, vigias e porteiros, está com as atividades paralisadas desde o início do ano, tendo em vista os ricos de contaminação por Covid, graças à má gestão da pandemia pelo município. Nova assembleia da categoria será divulgada assim que a data for definida.