*Por Ascom/Sintab
Estamos chegando ao final de mais um ano de muitas lutas para a classe trabalhadora. E como tem acontecido desde a fundação do Sintab, a instituição segue firme ao lado dos servidores, em todas as ações pela garantia de direitos.
Já no mês de janeiro, o sindicato se articulou junto aos servidores do magistério de todas as cidades de sua base, para garantir o cumprimento do reajuste do piso nacional (Lei Nacional do Piso do Magistério nº 11.738). Neste sentido, foram realizadas assembleias em todos os municípios da área de abrangência, de 27 de janeiro a 09 de fevereiro.
Em Campina Grande, a categoria deliberou não iniciar o ano letivo na rede municipal, caso o piso não fosse cumprido. No dia 02 de fevereiro, aconteceu o primeiro ato público desta jornada, na frente do Teatro Municipal Severino Cabral, simbolicamente durante a abertura das atividades da Semana Pedagógica, promovida pela Prefeitura.
Infelizmente, numa evidente tentativa de reprimir a classe trabalhadora, os servidores do magistério tiveram que suspender a greve legítima, no dia 23 de fevereiro, após notificação da Justiça ao Sintab, sob pena de corte de ponto para os trabalhadores, já muito penalizados pelos salários defasados e pelas péssimas condições de trabalho.
As mobilizações entretanto, sejam de rua, seja nas redes sociais e outras mídias, foram mantidas, já que a Prefeitura seguiu sem cumprir o reajuste do piso na sua forma integral. A aprovação viria apenas no dia 28 de março, mas ainda assim, não de forma efetiva.
Além de Campina, a luta foi intensa também no município de Queimadas, onde professoras e professores paralisaram as atividades no dia 17 de março, em protesto pelo descumprimento do reajuste do piso nacional do magistério. Entretanto, de modo arbitrário, a gestão descumpriu a Lei ao garantir somente o reajuste do piso em 16%. Já nas demais cidades da base, o piso nacional foi aprovado sem maiores complicações, vitória dos trabalhadores, graças a anos de luta não só na Paraíba, mas em todo Brasil.
Greve Geral pela data-base em Campina – Outra enorme batalha dos servidores de todas as categorias em Campina, foi a campanha para garantir o reajuste da data-base, com recomposição das perdas de pelo menos quatro anos, para todas as categorias. A campanha iniciou-se com assembleias e mobilizações a partir de 25 de abril e no dia 01 de junho, foi deflagrada Greve Geral, que só seria suspensa mais de dois meses depois, em 04 de agosto.
Além do reajuste da data-base, os trabalhadores reivindicavam cumprimento nos planos de cargos e melhores condições trabalho. Ao todo, 10 mobilizações foram realizadas no período de greve, além de vídeos e outras mídias para denunciar a situação dos trabalhadores:
A greve foi suspensa no dia 04 de agosto, mediante o compromisso da Prefeitura de Campina Grande em restituir os recursos que foram descontados indevidamente dos contracheques dos servidores. Foram dois meses de greve geral, com ameaças de corte de ponto e sem que as demandas dos trabalhadores tenham sido atendidas, já que o reajuste anunciado pela gestão foi de apenas 5%, muito distante do índice que garantiria a recomposição das perdas salariais de quatro anos.
Na ocasião da suspensão do movimento, o presidente Giovanni Freire, destacou um momento histórico para a categoria.
“Vamos voltar para as unidades de trabalho e dialogar com o colega de trabalho para que na próxima estejamos juntos, porque só assim a gente consegue plano de cargos, melhoria salarial, aposentadoria”, disse.
Vigias de Campina Grande – após reunião com a gestão municipal, ficou encaminhado o pagamento da gratificação de risco de vida, que vem sendo implementada e o Sintab cobra a mudança na forma de pagamento, que passe a ser o percentual de 30% no vencimento e não valor fixo de R$ 97, que está congelado há mais de 20 anos.