O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), assinou nessa quarta-feira (03), um Protocolo de Intenção com a empresa norte americana Soterix Medical e pesquisadores da City College de Nova Iorque, com a finalidade de desenvolver uma pesquisa de assistência a pacientes diagnosticados com a Covid-19.
De acordo com o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, foi estabelecido um acordo de uma cooperação científica por meio da pesquisa “Diagnóstico e prognóstico de infecção por SARS-Cov2 após a neuroestimulação”.
Ou seja, será realizado um trabalho de neuroestimulação com pacientes Covid-19 internados na UTI do Hospital Metropolitano. Para a pesquisa, serão utilizados aparelhos estimuladores da Soterix Medical que foram produzidos por pesquisadores da City College.
“Ainda não há ainda um número definido de pacientes que participarão da pesquisa. Mas o que se espera é que a utilização desses aparelhos torne a evolução e a convalescência desses pacientes graves que estão internados na UTI mais curta e com menor número de sequelas”, pontua.
Para dar início à pesquisa, alguns profissionais de saúde do Hospital Metropolitano serão treinados virtualmente pelos pesquisadores norte americanos, para a nova tecnologia apresentada, que é a neuroestimulação.
Uma equipe de pesquisadores da UFPB estará na retaguarda, dando o suporte presencial. Segundo a assessora de Educação em Saúde da SES, Vanessa Cintra, com a pesquisa, a Paraíba começa a abrir um leque de possibilidades de tratamento para os pacientes que estão com Covid-19 e até mesmo para os pacientes pós-covid e as repercussões da doença.
“Essa é uma pesquisa inovadora, mas todas as evidências científicas mostram que não há nenhum efeito adverso e não atrapalham o tratamento. É um tratamento adjuvante. Os treinamentos estão previstos para começar na semana que vem, assim como a chegada dos equipamentos de neuroestimulação. Uma vez que nossos profissionais forem treinados, eles vão fazer a neuroestimulação. Porém, os pesquisadores é que vão fazer todas as anotações e fazer o entendimento científico se essa intervenção for oportuna para o coronavírus”, explica.
A expectativa de trabalho é em torno de seis meses. Porém, a pesquisa pode alcançar até dois anos. O que vai determinar a duração é o número de casos e o efeito positivo à medida que for aplicando o protocolo.
Os principais pesquisadores são Abhishek Datta, da Soterix Medical; Suellen Andrade, da UFPB; Daniel Beltrammi, Vanessa Meira Cintra e Paulo Antônio Lucena, da SES.