Dentro de uma nova realidade eleitoral imposta pelo fim das coligações nas chapas proporcionais, o individualismo vai precisar dar lugar ao coletivo para que os partidos tenham sucesso no pleito deste ano.
Acontece que, agora, cada partido terá que formar sua própria chapa proporcional, tanto para deputado estadual, como para federal. Isso exige demonstrações concretas de respeito ao grupo, caso essa legenda queira conquistar novos filiados dispostos a concorrer na eleição deste ano ou manter aqueles que estão em seus quadros.
Nenhum pré-candidato iria disputar um pleito por um partido, que tem político com mandato, sem alguma perspectiva de vir a assumir, caso fique na suplência. Não iria servir de cauda ou escada para eleição de “tubarões”.
Esses “pequenos” foram iludidos nas campanhas anteriores, quando lhes era prometido, que os eleitos naquela coligação, firmavam compromisso de abrir espaço aos suplentes, através de licença sem vencimento, algo que nunca era concretizado.
Apesar de não disputar a reeleição, Pedro Cunha Lima é um dos poucos parlamentares paraibanos a abrir mão do mandato por duas ocasiões em favor dos seus suplentes. Primeiro, em favor de Rafafá, agora, permitindo que o jovem Patrick Dornelles, representante de uma luta heroica pelo direito de viver, possa levar sua bandeira à Câmara dos Deputados.
Fora Pedro, lembro-me apenas do deputado Ruy Carneiro e da senadora Daniella Ribeiro, que tiveram esse gesto nobre com seus respectivos suplentes.
Gestos como esses ajudaram na formação e no sucesso eleitoral de muitos partidos na campanha municipal de 2020. Quem repetir a estratégia, poderá formar uma boa bancada em 2022.