Em um jogo muito mais difícil que um tabuleiro de xadrez, como é a política brasileira, em especial a “tabajariana”, os bons jogadores não perdem uma oportunidade de avançar uma casa rumo ao xeque!
Se não pode errar, que dirá deixar o “cavalo passar selado” na sua frente e não o montar. Essa é a situação do jovem, porém inexperiente político Bruno Cunha Lima.
O rapaz, que carrega o poderoso sobrenome Cunha Lima, só disputou três eleições na vida, todas para cargos legislativos. A primeira para vereador de Campina Grande, obtendo uma elástica votação, algo que o fez ampliar as ambições políticas.
Nem esquentou a cadeira no parlamento mirim, Bruno já concorria ao cargo de deputado estadual apenas um ano e oito meses depois de tomar posse na Câmara Municipal. Parece que as antigas ‘cadeiras azuis’ da Assembleia também não lhe deixaram satisfeito, pois em 2018 lá estava ele a concorrer ao cargo de deputado federal.
O jovem político queria ir para Brasília, mas faltou combustível eleitoral e o sonho ficou pelo caminho. Imediatamente após o insucesso federal, Bruno já propagava que seria candidato a prefeito de Campina Grande este ano, mas a pré-campanha ficou somente nas palavras poéticas do ex-deputado.
De lá para cá, Bruno não conseguiu se viabilizar como nome do grupo governista, nem como nome independente, muito menos como oposição. Nem mesmo o cargo mais cobiçado da gestão Romero Rodrigues na Prefeitura serviu para ele avançar no objetivo sucessório.
Bruno não se movimentou e nessa inércia política, viu seus possíveis concorrentes “caírem em campo” em busca de apoios.
A essa altura do campeonato, o ‘time’ já passou e o cavalo selado também. Bruno precisa voltar e ter umas aulinhas com o avô, o sereno e extremamente lúcido Ivandro Cunha Lima, ou mesmo umas conversas com o primo/tio, Cássio, sobre como funciona a engrenagem de uma campanha política.