Ao longo dos últimos meses o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD) foi forçado por circunstâncias a fazer algumas mudanças nas principais secretarias do município.
Foram quatro alterações em virtude do pedido de demissão dos ocupantes destas pastas. As primeiras exonerações ocorreram quando aconteceu a “Operação Famintos”, que investigava fraudes em licitações para compra de merenda escolar no município.
Foram afastados dos cargos por determinação judicial Iolanda Barbosa, secretária de Educação e Paulo Roberto Diniz, secretário de Administração. Tempos depois o ex-deputado Bruno Cunha Lima também entregou a chefia de Gabinete e no ultimo sábado foi a vez de Luzia Pinto deixar a Secretaria de Saúde.
O curioso agora é que para ocupar esses quatro cargos em vacância no Município, o prefeito escolheu advogados. Somente em um dos casos, a profissão tem efetividade para exercício da função, que é a Chefia de Gabinete.
Nas demais situações, as qualificações profissionais dos novos indicados destoam dos cargos que passaram a exercer. Deixo claro que não estou duvidando do potencial dos novos secretários, mas é preciso ressaltar que há sim limitações por conta da falta de conhecimento técnico.
São quatro advogados, todos de renome no meio jurídico. Diogo Lyra (Administração), Alcindor Vilarim (Chefia de Gabinete), Rodolfo Gaudêncio (Educação) e Felipe Reul (Saúde). Isso somado a mais três auxiliares de primeiro escalão que já fazem parte da gestão há muito tempo e também estão inscritos na OAB. Falo de Félix Neto (STTP), Lucas Ribeiro (Ciência e Tecnologia) e José Mariz (Procurador Geral do Município, ou seja, o “advogado-chefe da PMCG).
Bom, se quando terminar o mandato, o prefeito Romero quiser formar um chapa para disputar a mesa diretora da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já tem o time formado…