A gestão remota da Prefeitura de Pocinhos

Já imaginou uma cidade onde o prefeito não reside nela, não conhece a realidade do município e a administra virtualmente, à distância? Esse é o triste caso do município de Pocinhos, que elegeu Eliane Galdino como sua gestora em 2020.

Desde janeiro de 2021, quando assumiu o comando do município, a esposa do deputado Adriano Galdino mal vai ao município e quando aparece, é de maneira relâmpago, e logo se vai. “Vem tira foto, faz um live e vai embora”, disse um vereador da oposição.

Segundo relatam moradores, como não aparece na cidade, todas as reuniões da prefeita com os secretários acontecem de forma remota, onde ela pode participar direto de sua confortável residência, no município de Areia.

Sem acompanhar de perto a realidade do município, a gestora recorre aos olhos dos auxiliares mais próximos para tentar saber o que se passa em Pocinhos.

Essa ausência faz com que ela desconheça muitos problemas que a cidade possui, entre eles, a falta de manutenção nos reservatórios de água chamados de ‘tanques’. Um deles se rompeu nesta quarta-feira (25) e por muito pouco não provocou uma tragédia, com a morte de moradores.

Mesmo assim, muitos ficaram desabrigados e perderam tudo quem possuíam, por falta de uma ação preventiva da gestão municipal, principalmente porque a gestora não mora no município e não vivencia a realidade da cidade.

É inadmissível se fazer gestão pública sem estar presente no cotidiano do município, sem acompanhar as necessidades do povo, sem oferecer uma palavra amiga, um compromisso direto com cidadão, de que suas demandas serão resolvidas.