O clima de guerra fria dentro da base aliada do governador João Azevêdo (PSB) passou a esquentar a medida que, desenfreadamente, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), busca se colocar como candidato ao Governo do Estado em 2026.
As declarações de Galdino, questionando a capacidade política do vice-governador Lucas Ribeiro (PP), colocam em ebulição e tentam desestabilizar o próprio Governo ao qual o republicano alega defender.
Ao tentar desqualificar o vice-governador como candidato natural, Adriano esquece a história política da Paraíba e acaba por revelar seu total desespero com a iminente aliança entre Aguinaldo Ribeiro, cacique do PP e Hugo Motta, chefão do Republicanos na Paraíba, na qual ele, Adriano, sobrou.
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), não fica por fora. Sempre que abordado pela imprensa, não perde a oportunidade de lançar ‘critérios’ para escolha de um candidato governista, claro, que se enquadrem em seu perfil.
É bom lembrar que Cícero já esteve na mesma condição de Lucas, em meados da década de 90. Lucena era vice-governador em 1994 e assumiu o Governo da Paraíba quando o titular, Ronaldo Cunha Lima, deixou o cargo para ser candidato ao Senado.
Na época, Cícero só não disputou a reeleição porque a legislação não permitia. Já Galdino foi reeleito ‘naturalmente’ presidente da Assembleia Legislativa por três vezes, mas agora corre para tentar barrar a reeleição de Lucas.
As falas de ambos só servem para uma coisa: fazer a temperatura da base governista ferver ao ponto de derreter qualquer estratégia de unidade.