A votação na Câmara Municipal de Campina Grande dos vetos do prefeito Bruno Cunha Lima às emendas impositivas, na Lei Orçamentária (LOA) de 2025, serviu como oportunidade para o gestor campinense auferir o nível de fidelidade e comprometimento de sua base aliada.
Digo isso porque o tema era favorável para todos os 23 vereadores, os quais já haviam inclusive firmado compromisso com entidades e ONGs para destinação de recursos através das referidas emendas.
Contrariando os próprios interesses, com direito a folhas rasgadas, os edis governistas optaram por manter a boa relação com o prefeito, acatando e mantendo o veto dele às emendas apresentadas.
O fato representa uma virada de chave no parlamento municipal e na própria bancada governista.
Se durante todo o ano de 2024 foi a oposição, com sua maioria de assentos na Casa de Félix Araújo, que dominou a pauta, impondo sucessivas derrotas ao Executivo, agora é ela que luta para conseguir unidade nos seus posicionamentos.
Os oposicionistas não conseguiram sequer convencer ao menos um parlamentar governista a acompanhá-los na derrubada. Aliás, nem sequer os próprios membros, pois dois deles faltaram a esta votação.
O cenário mudou e volta a ser tudo como antes: governo com maioria, aprovando suas matérias sem dificuldades e a oposição, com minoria, não conseguindo dominar a pauta, restando voltar às trincheiras, realinhar o discurso e protestar.