O prefeito Bruno Cunha Lima, de Campina Grande, em reunião virtual, nesta segunda-feira, 22, com representantes do Ministério Público Estadual, Federal e do Trabalho, fez questionamentos sobre os critérios do Governo do Estado para a distribuição de vacinas aos 223 municípios.
Ele também pediu investigação sobre possíveis manobras de uma “força-tarefa” que têm gerado transferências excessivas nas últimas semanas de várias regiões da Paraíba para o Hospital Municipal Pedro I, via regulação da Secretaria Estadual da Saúde.
Com base em relatórios e levantamentos, o prefeito de Campina Grande apresentou ao grupo do Ministério Público uma série de questionamentos que, segundo ele, pela própria falta de informações do Governo do Estado, deixa margem para as mais diversas interpretações.
Coordenada pela promotora de Justiça Adriana Amorim, a reunião contou com as participações também dos procuradores Marcos Antônio e Raulino Maracajá (MPT), Renan Félix e Bruno Barros (MPF).
O médico Tito Lívio, diretor do Pedro I, também se integrou à videoconferência.
Bruno disse que há “uma ação orquestrada e que vem deixando evidências, a Secretaria de Saúde do Estado tem usado o setor de regulação para direcionar um número excessivo de pacientes para o Pedro I, mesmo com disponibilidade de leitos no Hospital das Clínicas”.
No último domingo, segundo o prefeito em sua exposição para o MP, de 18 pacientes que deram entrada no Pedro, apenas dois foram de Campina Grande.
Sobre a questão da vacinação contra a Covid-19, o prefeito campinense falou que há um “desequilíbrio proporcional, em desfavor de Campina Grande e de praticamente todos os outros municípios paraibanos, na distribuição dos imunizantes repassados pelo governo federal ao Estado”.
Bruno declarou que vai recorrer à Justiça para a correção do que considera “um lamentável desequilíbrio” dentro do próprio Estado.