Em meio à crise nacional com queda de mais de 19% nos repasses de recursos federais, que atinge os municípios brasileiros, o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, implantou nesta sexta-feira (29) uma série de medidas e cortes de despesas para garantir os investimentos na cidade e a conclusão e continuidade de obras.
Segundo Bruno, para não precisar aumentar impostos, “é preciso coragem para cortar na própria carne, diminuindo o custo da máquina pública, e para manter o equilíbrio fiscal, garantindo os investimentos e a conclusão das obras”.
Entre as medidas, detalhadas em decreto publicado nesta sexta (29), estão a redução de 20% no salário do próprio prefeito, 10% no salário dos secretários, a exoneração de assessores e cargos de confiança, corte de gratificações e despesas administrativas, como a suspensão de pagamento de diárias e a redução de 90% na emissão de passagens aéreas. O enxugamento no custo da máquina pública municipal tem vigência de 90 dias.
“Nossa decisão foi tomada de forma madura e responsável. Afinal de contas, não podemos deixar que problemas nos repasses do governo federal prejudiquem o andamento das nossas ações, a exemplo do grande pacote de obras que estamos executando em Campina e o funcionamento, por exemplo, do Restaurante Popular ‘Prato do Povo’, que já serviu mais de 15.000 refeições desde que foi inaugurado”, afirmou o prefeito.
O gestor explica que todos os municípios do país estão sofrendo com a diminuição dos valores obrigatórios repassados pela União. Muitos estão sendo obrigados a tomar medidas para a travessia desse momento, alerta o prefeito.
“A crise é real e exige de nós coragem e atitude, para cortar na própria carne e garantir o andamento e a conclusão das obras que Campina conquistou e que vão continuar sendo realizadas”, explica Bruno.
Nenhuma das áreas essenciais da Prefeitura será atingida pelos cortes nas despesas administrativas. As medidas adotadas foram planejadas detalhadamente nas últimas semanas para garantir o equilíbrio fiscal conquistado pelo Município.
“Estamos economizando recursos para adaptar o caixa à realidade de crise nacional deste momento, mas nossa principal escolha é garantir os serviços públicos, dar sequência e concluir o grande conjunto de obras que estamos realizando, acelerando o que está sendo feito para gerar mais desenvolvimento e melhoria de vida para as pessoas”, acrescentou.