A senadora Daniella Ribeiro dividiu, nesta quarta-feira (23), a tribuna do Senado Federal com a professora paraibana Jocilene Barbosa para ela contar a sua história.
Após ser agraciada com o Prêmio Berta Lutz, com a autoridade típica de uma professora, Jocilene proferiu uma das aulas mais importantes da sua vida.
Começou dizendo: “Sou uma professora não porque não tive opção, mas porque escolhi ser professora. Eu passei a acreditar que através da educação eu poderia sonhar”, disse para uma plateia de senadores, médicos, juízes e outros profissionais.
Indicada pela senadora Daniella Ribeiro para receber o prêmio Bertha Lutz, a professora contou como conseguiu reinventar a prática pedagógica, dentro de um curto espaço de tempo, para desempenhar a sua função durante a pandemia no município de Queimadas (PB).
Foi através da fotografia que conseguiu incentivar a oralidade e a coordenação motora dos estudantes do ensino infantil envolvendo inclusive seus familiares.
“Fizemos tudo de maneira virtual. As mães passaram a se arrumar para aparecer na telinha e as crianças viram a escola também como um espaço de acolhimento”, disse a professora para uma plateia silenciosa.
Daniella Ribeiro apresentou ao plenário a professora paraibana – historiadora, pedagoga e neuropsicopedagoga – e contou que a conheceu através da imprensa paraibana. “Por isso quero aqui agradecer o papel importante da imprensa que permitiu que eu conhecesse a professora Jocilene Barbosa. Ela fez uma declaração de compromisso com a educação”, disse a senadora.
Após dois anos sem a entrega do prêmio Berta Lutz em razão da pandemia de Covid, 21 mulheres foram premiadas em sessão solene no Senado. A condecoração é o reconhecimento das agraciadas em defesa dos direitos da mulher e as questões de gênero no Brasil. Além de homenagear a farmacêutica bioquímica Maria da Penha, a cientista Margareth Dalcomo foi agraciada pelo desenvolvimento de vacinas contra Covid-19 no país.
A sessão foi aberta pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que ao lembrar do pioneirismo e luta da bióloga Bertha Lutz como figura central do movimento sufragista brasileiro, disse que a personalidade continua até hoje a inspirar mulheres no caminho da autonomia e do respeito na sociedade brasileira.
*Com Assessoria