Empresas de ônibus avaliam paralisar serviços em Campina

Foto: Ascom

Com um número reduzido de passageiros transportados, diante da quarentena por coronavírus, as empresas de transporte coletivo de passageiros de Campina Grande, que formam os consórcios Santa Maria e Santa Verônica, avisaram que poderão suspender as atividades a qualquer momento.

Em documento encaminhado à Prefeitura, o do diretor Institucional do Sitrans, Anchieta Bernardino, informou que não têm mais condições de comprar combustível, manter os salários e os encargos sociais dos trabalhadores do setor e podem parar a frota nos próximos dias, se não houver o reequilíbrio econômico do setor.

Segundo ele, com demanda muito baixa, por conta da recomendação de isolamento social, o sindicato, os consórcios e as empresas de ônibus estão buscando os últimos recursos para manter a operação do transporte e atender as necessidades de deslocamento das pessoas, como serviço essencial.

“A brutal perda de receita tarifária diante da drástica redução de demanda de passageiros, ocasionada pelas medidas governamentais de isolamento social (manter trabalhadores em casa, fechamento do comércio, escolas, faculdades, fábricas, bancos, etc.), já refletiu no aumento inesperado de custo de capital, na necessidade de financiamento de capital de giro e no aumento de custos financeiros em geral”, explicou.

Para ilustrar a situação, o representante das empresas confirmou dados divulgados pela STTP, informando que na quinta-feira, 26, por exemplo, foram transportados nos ônibus de Campina Grande 25.169 pessoas. Desse número, 2.100 idosos com mais de 65 anos, o que representa 13.8% dos passageiros transportados.

Diante deste cenário, a diretoria institucional do Sitrans, encaminhou um e-mail  com ofício ao prefeito Romero Rodrigues e ao superintendente da STTP, Félix Neto, onde relata a situação e pede o reequilíbrio econômico do sistema e afirma:  “O cenário do serviço público de transporte de passageiros será de pesadelo se a administração pública não se der conta da gravidade da situação, e se convencer da necessidade de revisão contratual urgente e eficaz”.

Da redação com Ascom