Enquanto o país vive um acelerado processo de desmonte das estruturas de combate à corrupção, como por exemplo a operação Lava-jato, na Paraíba o núcleo de combate aos crimes de colarinho branco ainda resiste bravamente.
Mais que isso, o Gaeco, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado da Paraíba, foi resiliente, se reinventou, trilhou os caminhos certos e se consolidou como uma força poderosa e ilibada de investigação.
Desde a operação Calvário até agora, o grupo coordenado pelo Ministério Público não cessou, nem sequer reduziu seu ritmo de trabalho. Foram inúmeras ações e operações, sempre na busca por indícios que levassem à descoberta de esquemas de corrupção em gestões públicas.
No caso do escândalo dos desvios de recursos públicos e privados do Hospital filantrópico Padre Zé, em João Pessoa, percebe-se claramente a importância do trabalho de investigação e coleta de provas, desenvolvido pelo Gaeco-PB.
É exatamente através do aprofundamento das investigações, encampado pelo MP, que a sociedade paraibana vem tomando conhecimento, até agora, do desfalque que o padre Egídio de Carvalho e seus assessores provocaram na instituição. E a investigação prossegue buscando desvendar todo esquema de corrupção.
É merecedor de aplauso o trabalho que o Gaeco está fazendo, mesmo indo na contramão da realidade nacional. Talvez seja a resistência e perseverança do paraibano que mantenha esse trabalho de pé.