Opinião: O alto preço da incredulidade nesta pandemia

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Neste início de 2021, o Brasil vive uma nova onda de casos de covid-19, com aumento nas internações e consequentemente nas mortes de pacientes dessa doença. E um dos maiores fatores para o recrudescimento da pandemia no país está na incredulidade das pessoas em relação ao poder devastador do coronavírus no ser humano.

Por não acreditar que o vírus é mortal, as pessoas não dão ouvidos aos alertas das autoridades, dos médicos, dos cientistas e desrespeitam a todo momento as regras de distanciamento social.

Foram inúmeras demonstrações de total menosprezo ao coronavírus durante a campanha política, nas festas de natal e fim de ano, férias de janeiro e, agora mais recente, durante o carnaval.

Muitos só acreditaram no poder devastador da covid-19 quando estavam sem fôlego, a beira de uma intubação, para nunca mais voltar. Outros ainda tiveram a graça de retornar, mas ainda enfrentam sequelas da doença.

No meio disso tudo também estavam os inocentes. Pais, avós, tios, amigos que, mesmo cumprindo quarentena, foram tragados pela covid-19 por causa de um parente que não tomou o cuidado devido.

Será que a população só vai abandonar sua incredulidade quando cada brasileiro tiver uma pessoa próxima no caixão, vítima da covid-19? Invoco o glorioso texto bíblico de Marcos 9:23 “Tudo é possível ao que crê”. Creia em Deus, creia também na ciência, pois até a sabedoria dos homens é dom divino em nosso favor.