Em 2018, João Azevêdo saiu da condição de secretário técnico e sem experiência política para o cargo de governador do estado da Paraíba, apadrinhado pela gestão de Ricardo Coutinho, que o levou a ser eleito no primeiro turno, sem muita dificuldade.
Quando assumiu o Governo, João empreendeu um bom ritmo de trabalho, projetando um crescimento maior nos investimentos para a Paraíba, mas essa sequencia acabou sendo interrompida pelo surgimento da dura e impiedosa pandemia da covid-19, que sugou boa parte das forças e atenções da gestão estadual.
Durante esses quatro anos, João criou musculatura política, fez articulações, mas também cometeu erros estratégicos, os quais lhe custaram uma campanha difícil este ano. Aprendendo com os erros, mediante a experiência de uma disputa eleitoral apertada, é possível deduzir que o João Azevêdo que irá iniciar um novo governo em 2023, não é, nem de longe, o mesmo que assumia o comando do estado em 2019.
A primeira prova de fogo para o ‘João Azevêdo 2.0’ é a conciliação das forças aliadas no processo de escolha da mesa diretora da Assembleia Legislativa para os próximos biênios, bem como, a acomodação desses aliados na formação do novo governo. Caberá a ele ditar sua cartilha e fazer com seus aliados a sigam.
Se diante de uma pandemia, Azevêdo não titubeou quando se fez necessária a adoção de medidas e ações de combate ao vírus, espera-se que o acúmulo das experiências pandêmicas e eleitorais possam contribuir para em 2023 termos um governador mais ‘turbinado’ administrativamente e politicamente.