O pai de um bebê de apenas dois meses de vida, usou as redes sociais nesta quinta-feira (19) para denunciar o descaso no atendimento prestado pelo recém-inaugurado Hospital da Unimed, em Campina Grande.
Conforme Manuel Vieira, a criança deu entrada no hospital, na última terça-feira (17), um quadro gravíssimo de bronquiolite aguda. Ela foi atendida e ficou internada na unidade hospitalar.
No entanto, o estado de saúde do bebê se deteriorou rapidamente e a mãe, que é estudante de medicina, percebeu a piora e avisou à equipe médica, que solicitou a imediata transferência da criança para uma UTI, o que ocorreu somente às 14h do dia 19.
Manuel relatou ao Blog que o bebê precisou receber uma determinada medicação na UTI, que havia disponível no hospital, mas não foi liberada por não estar registrada no sistema da Unimed.
“Apesar da internação na UTI, a negligência do Hospital da Unimed se fez presente de forma alarmante. Até as 18h08min, mais de três horas após a admissão, o bebê, ainda sem acesso venoso, não havia recebido a medicação essencial nem a ventilação não invasiva (VNI) que seu quadro clínico exigia. A equipe médica, ciente da urgência, havia solicitado em sistema os insumos necessários: Precedex®️ (cloridrato de dexmedetomidina), Ketamina (sedativos) e equipamentos para punção venosa. Contudo, devido a uma falha burocrática (sistema interno do hospital), os materiais não foram liberados”, disse.
O pai explicou também que diante da demora do hospital em realizar o atendimento, com administração do medicamento, mãe, entrou em desespero e tomou a iniciativa de ir até a farmácia do hospital, buscando a medicação essencial para o filho. Somente após essa atitude, os medicamentos foram aplicados.
Após as sucessivas falhas no atendimento da Unimed, os pais decidiram transferir a criança para outro hospital particular e arcarem com a despesas extras de exames, medicamentos e a própria internação.
“Diante da alta demanda por leitos de UTI, em razão da sazonalidade e da época de grande incidência de doenças respiratórias, encontramos uma única vaga no Hospital HELP, em atendimento particular. A Unimed, mais uma vez demonstrando sua ineficiência, não se prontificou em fornecer a ambulância, obrigando os pais a contratar um serviço particular às 22h30min”, detalhou Manuel.
Mesmo enfrentando dificuldades na regulação para o outro hospital, finalmente a criança foi levada ao Hospital Help, onde permanece internada na UTI.
Veja o relato:
