Os servidores do magistério de Campina Grande se concentraram na manhã desta quinta-feira, 10, na frente da Secretaria de Educação e ocuparam também as dependências do prédio por alguns minutos, de forma pacífica e respeitando o patrimônio público, para cobrar mais uma vez da gestão o cumprimento, de forma integral, do reajuste do piso nacional do magistério, de 33,24%.
A categoria lembra que, sem o reajuste, os profissionais continuam firmes na decisão de não iniciar o ano letivo na próxima segunda, 14, data anunciada pela Prefeitura.
A manifestação desta quinta demonstrou a determinação da categoria e foi avaliada como bastante positiva pelo presidente do Sintab, Giovanni Freire.
“Foi uma excelente mobilização, parabenizo a força destes trabalhadores e destas trabalhadoras e hoje nós sairemos daqui mais fortes e estaremos prontos para novas batalhas, porque, além do reajuste do piso, temos que resolver os problemas do Ipsem; a precarização das escolas, da merenda; os planos de cargos congelados, entre outros problemas. Não iremos parar, é a nossa pauta que move a nação”, destacou.
O presidente reforçou mais uma vez a deliberação destes efetivos, de não iniciar o ano letivo na próxima segunda, e informou que, além das atividades programadas e coordenadas pelo comando de greve, nova assembleia deve ser marcada para avaliar o movimento na semana que vem.
“Estaremos nas unidades escolares para avaliar a adesão, que deve ser máxima e para conscientizar a comunidade dos motivos da greve”, completou.
A campanha em defesa do reajuste do piso nacional do magistério acontece nas 17 cidades da base do Sintab.
Em Campina, durante reunião realizada no dia 28 de janeiro, garantida após bastante insistência do sindicato, o governo municipal propôs pagar o reajuste de 33,24% de forma rateada, sendo a metade no vencimento e a outra, em forma de abono, o que foi rechaçado pelos efetivos por causa dos inúmeros prejuízos à carreira.
Em nova tentativa de negociação, no dia 02 de fevereiro, a proposta da gestão foi de pagar 16,62%, com reposição mensal no vencimento, ao longo de seis meses, o que também foi negado pela categoria, já que o reajuste integral de 33,24% é direito garantido por lei.
“O gestor tem a legalidade e tem recursos, nós aprovamos o Novo Fundeb, com mais recursos para a valorização dos profissionais de educação, portanto, não conceder o reajuste é golpe, não há necessidade de portaria, de normativa, de parcelamento, está na lei, é constitucional. Lei do Piso, pagamento já”, destacou.
*Com Assessoria