Sintab recebe denúncias de aulas de reforço presenciais em Queimadas

Foto: Ascom/Sintab

O Sintab Queimadas realizou na última sexta-feira, 09, assembleia virtual com os professores do município para tratar sobre denúncias de aulas de reforço presenciais que estão ocorrendo em desacordo ao Decreto Estadual n°41.396/2021.

Na ocasião, identificou-se por parte de alguns gestores o descumprimento do Decreto, e, como medida cautelar, os servidores decidiram solicitar à Secretaria de Educação, via ofício, que reforce o cumprimento deste decreto que no Art. 8º mantém a suspensão das aulas presenciais em todo o território estadual, com o estabelecimento do sistema remoto.

Também foi aprovado a necessidade de capacitação psicológica para o retorno dos profissionais da educação afastados por motivos de saúde.

Os servidores disseram em Assembleia que esses gestores informavam que as aulas de reforço presencial tinham a autorização informal da Secretaria de Educação, com 15 alunos em um dia e 15 em outro.

“Nessa brincadeira, semestre passado uma professora pegou Covid com 2 semanas de reforço”, informou uma professora. Para outro servidor, “é importante que entre em pauta a questão da organização do sistema híbrido. Já estamos no sufoco com o remoto, imaginem o que vem pela frente”.

Lúcia Alves, professora e diretora do Sintab Queimadas, ressaltou que vem recebendo denúncias anônimas de que estão recomendando aos professores para não informar ao Sintab da realização destas atividades presenciais, criando um clima de ameaça entre a gestão e os servidores.

“Preciso que vocês me deixem informada. Qualquer coisa que estejam se sentindo acuadas, temos um jurídico que pode nos auxiliar”, explicou Lúcia.

Como maneira dos professores reagirem e não se submeterem à estas ameaças, o diretor FranklynIkaz sugeriu organizar uma campanha de denúncia na opinião pública de Queimadas, como também acionar o jurídico do sindicato de modo que o prefeito venha a público se explicar.

“Vamos ocupar as rádios, contratar um carro de som para circular na cidade denunciando a decisão do prefeito; pedir aos pais que não encaminhe os filhos às escolas; e marcar, sempre que necessário, as assembleias para decisões coletivas que fortaleçam a categoria”.

Os professores também decidiram em Assembleia a sugestão à Secretaria de Educação uma capacitação e/ou preparação psicológica para o retorno dos profissionais que estavam afastados por motivos de saúde.

Para o diretor do Sintab Napoleão Maracajá, é importante que antes da volta às aulas seja feito um trabalho de preparação com os professores e também com os alunos. “Foram 2 anos de ambiente novo, de luto, de adequações, de reinvenções que promoveram um abalo nas práticas da comunidade escolar”, explicou Maracajá.

*Com Assessoria